Atualmente, Samsung e Apple disputam cada pedaço do mercado de telefones celulares como se fosse o último biscoito que sobrou no pacote. Mas, há alguns anos, eram outros nomes que faziam a cabeça dos consumidores: Nokia e Siemens. A empresa da Finlândia foi hegemônica por muito tempo e ainda tenta voltar a figurar entre as principais companhias do segmento.
Entretanto, não importa quantos Lumia forem lançados — e nem quantos gigapixels de resolução as câmeras integradas a eles podem oferecer —, a Nokia sempre será lembrada pelos celulares antigos. Estamos falando dos “dumbphones” que fizeram muito sucesso entre o final da década de 1990 e a metade da década de 2000. E o que fazia deles tão especiais? Vamos conferir agora mesmo!
Carcaças indestrutíveis
Você já deve ter ouvido falar no asteroide poderoso que destruiu boa parte do planeta e foi responsável pela extinção dos dinossauros mais cruéis que existiam — e também dos mais tranquilos, tendo sobrado apenas as galinhas daquele período. Pois é, há rumores ainda não confirmados de que as carcaças dos aparelhos mais antigos eram criadas com rochedos extraídos daquele asteroide.
(Fonte da imagem: Reprodução/Nokia)
Essa seria a única explicação para que as estruturas não fossem completamente destruídas ao menor sinal de colisão com o chão ou com outras superfícies sólidas. Telefones celulares não são feitos para durarem para sempre, mas os antigos eram realmente resistentes. Está achando que isso é exagero? Pois há relatos de testes realmente duros que foram vencidos pela versão 2280 da marca finlandesa.
Dois astronautas foram enviados até a Lua para que pudessem arremessar o aparelho de grandes alturas, provando a resistência do Nokia 2280. Foram quase cinco meses de cálculos para que o aparelho atingisse exatamente o alvo programado pelos engenheiros. Isso não adiantou nada, porque o astronauta errou o arremesso e o celular passou longe da Terra. Pelo menos serviu pra destruir um meteoro que ameaçava a vida no nosso planeta.
Joguinhos melhores que Crysis
Não importa qual seja o aparelho, o ano, a marca e a fase lunar... Sempre que um novo hardware é anunciado, alguém pergunta se ele é capaz de rodar o game Crysis com os gráficos no máximo. Mas a grande questão, que não quer calar, é: quem se importa com Crysis quando podemos jogar Snake e Space Impact? Os games presentes nos aparelhos da Nokia eram os melhores.
O ano era 2001, a situação era o recreio no colégio. Grupos de quatro ou cinco crianças se juntavam para ver quem conseguiria bater os recordes do aparelho de algum amigo. E, quando isso acontecia, é claro que ocorria uma verdadeira festa no pátio. E isso deixava 90% das pessoas felizes. Os outros 10% ficavam por conta do dono do aparelho, que teve o recorde batido e nunca mais vai recuperar o topo do pódio.
Um truque que era usado por muitos que queriam chegar ao lugar mais alto do ranking era a redefinição do sistema dos celulares. Mas é preciso dizer: se você fez isso alguma vez na sua vida, saiba que os espíritos protetores dos smartphones estão loucos para se vingar de você. No mundo dos celulares, a trapaça é punida com riscos na tela sensível ao toque.
Bateria de mil anos
Se você possui um smartphone, são grandes as chances de você ter que carregar a bateria do aparelho todos os dias — até mais de uma vez por dia em algumas ocasiões. Mas, dez anos atrás, era possível passar até uma semana inteira sem chegar perto das tomadas. Dependendo da utilização, esse período ainda poderia ser prolongado para duas semanas, um mês ou até cinco ou seis anos.
Siemens A50, a luz laranja garantia vida útil de três meses para a bateria
(Fonte da imagem: Reprodução/Siemens)
(Fonte da imagem: Reprodução/Siemens)
Você pode até usar os argumentos de que naquele período não eram tantas funções agregadas em um mesmo aparelho, mas a verdade é que os celulares daquele tempo utilizavam bateria alienígena. Infelizmente essa tecnologia não é compatível com telas sensíveis ao toque, por isso não será possível vermos smartphones com baterias tão resistentes em um futuro tão próximo.
Enquanto isso, vamos sentir falta dos componentes de longa duração dos celulares daqueles bons tempos. O redator deste artigo, por exemplo, ainda poderá usufruir desse grande recurso energético por mais algum tempo. Mas infelizmente a bateria está quase acabando, pois não é carregada desde que ele perdeu o cabo... Em 2004.
Multifuncionais de verdade
O que um smartphone pode fazer: telefonar, mandar mensagens, executar games, tirar fotografias e acessar a internet, praticamente. Você acha que essa é uma grande quantidade de recursos? Então você certamente não se lembra do grande número de funcionalidades que eram oferecidas pelos aparelhos do final dos anos 1990. Está duvidando de nós? Então vamos lá...
Os smartphones podem carregar sites em WAP? Não! Eles podem ser utilizados como arma em caso de um holocausto zumbi? Não! Eles podem ajudar as pessoas a arrumar suas colunas, fazendo peso nas mochilas? Também não! E essas são apenas algumas das funções presentes nos telefones mais antigos. Confira agora uma lista com várias outras possibilidades garantidas por eles:
- Efetuar chamadas;
- Receber chamadas;
- Rejeitar chamadas;
- Ligar para a mãe;
- Ligar para a avó;
- Ligar para a gatinha do colégio;
- Mandar torpedos;
- Receber torpedos;
- Navegar na internet por protocolo WAP;
- Jogar Snake;
- Jogar joguinho do paraquedista;
- Jogar telefone no namorado;
- Calço de porta;
- Peso de papel;
- Alicerce para grandes construções;
- Tema para Erro 404;
- Toques MIDI;
- Toques polifônicos (não todos);
- Resistente a ataques nucleares.
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